domingo, 8 de maio de 2011

Dia das Mães

Muitos sabem da minha imensa admiração por Carlos Drummond de Andrade. A beleza de seus versos encanta e traduz muita coisa dentro de mim, como neste poema:

Para sempre
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.



Sou feliz por Deus permitir que a minha ainda esteja comigo. É ela quem me ajuda a crescer a cada dia no meu ofício de mãe.
Sou mãe, mas ainda sou filha.
Eu, mãe da neta de minha mãe. Ela, avó da filha de sua filha... é praticamente mãe das duas. Já não se sabe mais quem é mãe, avó e filha! Às vezes acho que ainda não cresci suficientemente para caminhar sem ela... Sou uma mãe muito filha da mãe!
Bernadete, Kelly e Ana Clara. Somos a tríplice aliança unindo forças nas batalhas da vida.
Sou filha, mas já sou mãe.
E carrego um amor que não se explica dentro de mim...

FELIZ DIA DAS MÃES!


Recentemente uma amiga perdeu seu filhinho de 5 anos. Que Deus conforte seu coração.

Mãe chora no dia mais feliz de sua vida e no mais triste também...

 
 

Pietà - Michelangelo